quarta-feira, 25 de maio de 2011

Sempre dá pra piorar...

“Não há nada tão ruim que não possa piorar”. Essa máxima, de autor que desconheço, mas que imagino ser oriunda das legislações estabelecidas por Murphy, pode parecer excessivamente pessimista, mas é real. Não se esqueçam, sempre dá pra piorar.

E hoje experimentei o amargo fel dos infortúnios criados pelas leis desse abutre pessimista. Acordei pela manhã com o máximo de animação que qualquer ogro, ou não ogro pelo que tenho visto, pode apresentar numa segunda-feira. O corpo massacrado pelos excessos do fim de semana. Grandes quantidades de cerveja foram consumidas concomitantemente com os mais variados alimentos sólidos, preparados das mais diversas maneiras: frituras, gorduras, carnes, caldos e, porque não, muitos doces. Ogro que se preza não se importa com a combinação de qualquer alimento com cerveja, afinal, a comida que se dê por honrada de acompanhar a sacra cevada. Os resultados disso, entretanto, não são dos melhores no dia seguinte. Uma vontade incontrolável de enfiar água para dentro do corpo misturado com a sensação de que não cabe mais nada. Um caos.

Do melhor jeito que possível, me “arrumei” e fui trabalhar. Os segundos tornaram-se meses, mas acabou o dia, bati o meu pontogro e fui para o ponto esperar o buzogro. Entrei no bichim e fui para casa.

Andar de buzogro em Ogroland é terrível. Aqui o trânsito é parado e o veículo o tempo todo arranca e freia, de forma que após 10 minutos no horrendo meio de transporte eu já lembrava de cada coxinha que tinha comido, e todo gole de cerveja sorvido parecia repercutir no meu cérebro. Já estava até de mochila aberta para casos de emergência, maaaaas...sempre dá pra piorar.

Por mais que se tente, não há como convencer um motorista de buzogro que ele não é um maquinista de montanha russa, assim como não há forma de avisá-los de que não estamos soldados aos bancos, assim sendo, o sacripanta passa correndo por uma descida, entra por uma vala e.....o buzogro tranforma-se em uma cama elástica. Os passageiros são catapultados dos seus bancos, lançados em um pulo involuntário e sofrido. E pior que o vôo é a queda. Meus cem quilinhos devolvidos de forma nada delicada ao meu banco nada macio, provocaram um estalo seco nas minhas costas e do jeito que cai fiquei. A tia alguns bancos na minha frente , enquanto tentava se levantar catando seus humildes pertences, mandava o motorista tomar em lugares que eu nem sabia que faziam parte da anatomia humana. Minhas costas doíam tanto que até esqueci que 70% de tudo que comi e bebi no fim de semana estavam agora estacionados no meu esôfago, sem saber se pegavam o elevador pra cima ou pra baixo.

Finalmente cheguei ao destino de minha turbulenta viagem e ao descer do ônibus percebi que minhas costas estavam doendo para carvalho, mas fui lá me arrastando até em casa onde minha cama me aguardava para voltar os ossos ao lugar, maaaaaaaaaaas.....sempre dá pra piorar.

Cheguei no prédio e os portões que dão acesso ao interior estavam abertos. Andando com o máximo de velocidade que minhas costas doloridas permitiam, ou seja, compatível com uma tartaruga grávida, bêbada e de três patas andando na neve, entrei pelo hall do prédio e me deparei com um rapaz consertando o elevador, ou seja, a porra do elevador não estava funcionando! Logo no dia em que minhas costas me transformaram automaticamente em um velho de 98 anos. Fazer o que? Fui subindo escada até chegar no meu andar, abri minha mochila para pegar a chave da toca e então meus amigos, repitam comigo em alto em bom som: SEMPRE DÁ PRA PIORAR!!!!

Onde diabos estavam as chaves de casa? Pelos orifícios anais de Zeus! As chaves de casa deviam mesmo estar enfiadas no orifício citado, porque comigo não estavam.

Derrotado pelas forças Murphológicas deitei-me na porta de casa em posição fetal, fechei os olhos e esperei com força e fé que não tivesse que escrever mais nenhum "sempre dá para piorar" nesta história!

Maldito Murphy! Vai fazer Lei lá na #@@$#%#@$#@, seu #@$#%%@!#!!!!

sábado, 14 de maio de 2011

O Desenho do Marujogro

Ogros gostam de desenhar. Também gostam de desenhos. Como resultado de um perfeito encadeamento lógico, uma concatenação perfeita de idéias, os ogros também apreciam desenhos animados. E como apreciam!

Há muito tempo atrás, um ogro desenhava bastante com seu pai. O pai desse ogrinho criativo era um rude marinheiro que palestrava intensamente sobre os benefícios de uma dieta balanceada, rica em verduras, legumes, carnes brancas e outras chatices alimentícias. É lógico que o ogrinho ainda na fase infantil queria era doce, biscoitos recheados, sorvetes, iogurtes e vou parar a lista que já está me dando vontade ogra de atacar a geladeira.

Nosso pequeno ogro, fascinado por desenhos animados, e com o dom do desenho implantado em seu cérebro, rascunhou seu próprio personagem, inspirado em seu querido papai, que apesar de chato pra cacete era adorado por seu filhinho.

Na hora de batizar o personagem, o meninogro não pensou duas vezes, e já que o desenho era pro pai...nasceu o marinheiro Popeye! Pro pai...popeye...sacaram?

Eis mais uma ogrorigem revelada ao mundo! É nóis que revela, marujo!

sexta-feira, 6 de maio de 2011

Rádio Nacional de Ogroland Apresenta: Metallica - Enter Sandman

A Rádio Nacional de Ogroland começa a esquentar o motor para o Rock In Rio.
Tocaremos para vocês, nobres e nobras ouvintes, algumas músicas das bandas que causarão a devastação que vai ser o dia do metal neste mega-híper-ultra-blaster-boom-festival!!!!

Começamos pelo gigante titã Metallica, com os acordes (se bem que se a música é sobre Sandman acorde não faz sentido) de Enter Sandman!

Sandman para quem não sabe é um véi ogro que põe areia nos zói dos outros para eles dormirem. Ele é bisavô do Orfeu.

Abraços e até a próxima música! Não troque de estação, mas toque esta canção!

domingo, 1 de maio de 2011

Impostos em Ogroland

Nesta última sexta-feira entreguei ao governo a minha relação de Taxa Única, que é o único (dãã) imposto de Ogroland. Aqui a gente paga um imposto só, uma vez ao ano, e os ogros governantes que se virem. E dá certo!

Mas nem sempre foi assim. Há muito tempo atrás, antes da grande revolução que tirou do poder um ogro sacripanta e safado, tínhamos alguns impostos
em Ogroland que chegavam a ser engraçados.

Explicarei...vejam que absurdo era nossa situação.

Tinhamos a TIRO (Taxa Incidente na Renda dos Ogros)que era recolhida todo mês em nosso salário. Não era barato não e já nos causava nervo, porque era raro conseguir emprego e renda em Ogroland, e quando conseguíamos ainda tínhamos que dar um tiquim para o governo, mas vá lá, que governo não se sustenta de ar.

Mas TIRO não era a única mordida mensal em nosso soldo. Todo mês nossos rendimentos eram mutilados pelo TAPAS (Taxa Agregada de Previdência e Assistência à Saúde). Dinheiro jogado fora! Sempre que possível os ogros buscavam Previdências Privadas e faziam planos de saúde particulares. Isso era necessário, não era frescura! Era tanto ogro roubando que nunca havia o suficiente para os serviços. Então o governogro chorava pitangas falando que o treco era deficitário! Para receber o que nos foi levado na base de TAPAS tínhamos que estar lúcidos e economicamente ativos até quase 100 anos de idade!

Se ainda sobrasse algo de sua renda, depois que ela havia sido combalida pelos TIRO e TAPAS, você podia começar a pensar nos sonhos, devaneios, quimeras de qualquer ogro mediano: uma toca própria e um carrogro.

Vejam que absurdo meus amigos! Trabalhávamos o dia todo, sob sol e sob chuva, para realizar o sonho da toca própria, fugir do aluguel, sair da casa de mamãe ou da casa da sogra. E quando finalmente conseguíamos comprar nossa toquinha, vocês acreditam que a ogragente tinha que pagar pelo direito de ter toca???? Pagávamos para o governo pelo pedaço de pântano que ocupávamos! Era o FURTO - Facilitador Urbano e Rural de Tocas Ogras. Segundo o governo o FURTO era praticado para investir na estrutura de Ogroland, mas o que víamos era a estrutura das tocas de nossos politicogros cada vez melhor e mais incrementada! Um luxo só, cês precisavam ver.

E vai que você garantiu um teto sobre sua cachola ogra e agora quer fugir do transporte público ogro que é um caos? Você vai querer comprar o que? O que? O que? Um carrogro!!!! E ai meus amigos e minhas amigas, mais um desplante, mais uma afronta contra nossa carcomida carcaça. Você tinha que pagar também pelo direito de ter carrogro! Sim! Não duvidem! É verdade! Tínhamos que pagar pro governo pelo direito de ter carrogro!!! E tome mais um imposto, o CIRCO – Contribuição Individual para Registro de Carros Ogros. E lá se iam mais alguns ogrolins de cobre dos pobres ogrinhos comuns. E olha que esses ogrolins tinham que ser investidos em ogrovias, mas elas estavam cada vez piores, matando mais ogros em acidentes por ano do que na guerra de 890 a 697 a.o, contra os Troll.

E esses eram só os principais meus amados leitores. Para tudo tinha imposto. E os impostos que as empresas ogras tinham que pagar, vocês acham que elas não davam um jeito de passar para nóis?? Era tudo embutido no preço, porque eles também pagavam horrores de impostos pro governogro, quando pagavam, é claro.

Era dinheiro saindo pro governogro o tempo todo! Os cofres do BOSTA – Banco de Ogroland Sustentado pelas Taxas Anuais, sendo alimentados por nós, e esvaziados pelas mutretas e negociatas obscuras dos políticogros, que conseguiam levar uma porcentagem até do papel higiênico que o governo comprava! Até do parafuso que fixava o espelho do banheiro! Gisuis!

Mas como ogro não é de agüentar desaforo muito tempo, estourou a revolução que acabou com as tiranias disfarçadas de ogrocracias de Ogroland.

Ufa! Ainda bem que esse sofrimento acabou! Esse treco não chama imposto a toa! Eu espero, sinceramente, que na terra de vocês os impostos não sejam assim tão injustos quanto os nossos foram um dia!

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