quinta-feira, 31 de março de 2011

CAPO - Comissão Analisadora de Preconceito de Ogroland

Na minha inocente e ogra opinião todo o ser humano é provido de algum preconceito*(OI). E não me venha com mimimi! Eu acho e pronto! E isso por si só já é preconceito meu! Mas continuemos...quem nunca julgou alguém única exclusivamente pelo que o cérebro absorveu de um primeiro contato visual que atire a primeira pedra, um pedregulho, uma britinha porque estamos nos tempos do policitamente correto.

E esse politicamente correto que faz o preconceito ser reprimido e destilado em puro veneno. Você não deve expressar alguns pensamentos que você tem da vida, pelo menos não abertamente. A questão é: o que fazemos com nosso preconceito? Se você o usa para agredir, prejudicar, ou quiçá simplesmente ignorar o alvo do seu preconceito, então temos a nossa frente o preconceituoso padrão! Um pulha! Um boçal! Um babaca! Um filho da p...ops...desculpe, desculpe, há crianças na sala.

A sociedade em que estamos alegremente embutidos, apesar de se firmar em um conceito de coletivo, está cada dia mais voltada para o indivíduo. Tornamo-nos cada dia mais individualistas, isso é fato, ora bolas. E um dos direitos individuais é não ser alvo de atitudes preconceituentas que minimizem a sua essência e valor como ser humano!

E qual a forma que o nosso ambiente social usa para inibir os indivíduos que vão contra as regras do sistema? Punição, meus caros e meus baratos, minhas caras e minhas baratas! O sistema detém o monopólio da repressão e violência! E não ande na linha que esse aparato te pega!

E é nesse ponto que quero chegar. Temos preconceito de raça, (estúpido) preconceito de orientação sexual (estúpido), preconceito contra deficientes físicos (cruel), e outros mais, a maioria combatidos pela lei. Mas para um preconceito a justiça é cega, e esse é o mais escandaloso da sociedade! Qual, qual, qual? O contra os gordos! E esse eu conheço na pele! No auge dos meus 105kg, garanto que nada afasta mais outros seres humanos que uma má distribuída quantidade de banha.

E vejam! Eu jogo bola. Onde eu jogo bola, em qualquer lugar, é óbvio, há pessoas de pele da cor preta. Desde que a lei veio a punir certos preconceitos, nunca mais ouvi alguém de fora do campo, ou até mesmo dentro dele, ficar gritando coisas do tipo: Tiziu! Gorila! E outros apelidos depreciativos.

No meu departamentogro há homossexuais. Jamais vi alguém chegar lá e gritar: "e aê viadinho? Fala bichona!" Ou outras coisas nesse sentido. Mas quando jogo bola sempre tem alguém pra dizer: "vão te chutar achando que você é a bola!" No meu setor tem gente que já chega gritando: “e aê gordo?”. Uma colega chegou ao ponto de falar que minha empresa não me mandou viajar porque eu teria que pagar duas passagens e ia sair caro!

Qualquer um tem autorização do Rei para zoar os gordinhos tranquilamente! E com a aprovação geral de todos! Inclusive do negro e do homossexual com os quais se você brincar verá o sol nascer quadrado.

Podemos usar o futebol de um grande país. Um jogador de cor, de apelido Grafite, foi chamado de macaco em um jogo, resultado? Jogador saindo preso do estádio.

Um outro jogador, Richarlysson, virou assunto caixa preta por ser supostamente homossexual, coisa que ele nega até a morte. E não se pode fazer piadinhas com ele.

E o gordo do futebol? Quantas piadinhas diárias o Ronaldo Fenômeno teve que tolerar pelo seu excesso de fofura?
É meus amigos, preconceito contra gordo é osso! Ou melhor...é gordura!

*OI (observação importante) – Ogroland é extremamente contra qualquer preconceito. Qualquer manifestação de preconceito neste território é punida com banimento pérpetuo.

quinta-feira, 10 de março de 2011

Rádio Nacional de Ogroland apresenta: Ozzy Osbourne - Mr Crowley

Eis que em vias de desembarcar no Brasil para alguns shows, Ozzy Osbourne se apresenta na nossa amada Rádio Nacional.
Alguém que come morcego, mastiga cabeças de pombo e alivia sua bexiga no Forte Álamo não poderia ficar de fora de Ogroland, apesar de ter provado não ter procedência ogra ao ser flagrado em um seriado de televisão bajulando um lulu da pomerânia da esposa.

Nesta belíssima canção, apresentada aqui em versão ao vivo em 2010, o bardo Ozzy cantarola sobre Aleister Crowley. Esta influente figura exotérica britânica, que já foi considerado o homem mais perverso do planeta, teve sua sombra estendida por vários grupos de rock, de Beatles a Black Sabbath. Não só no conteúdo lírico e ideológico roqueiro Crowley se fez presente. Segundo o mesmo, ele teria ajudado Churchill, com seus poderes ocultos, na derrocada do império nazista.

Após o Carnaval, com sua avalanche de axés, funks e outras variáveis musicais que nossos sistemas auriculares foram obrigados a comportar, purifiquemos nossas oreias com Sir Ozzy Osbourne, Mr Crowley.

domingo, 6 de março de 2011

Ogros tentam entender o Carnaval

Hoje é domingo, dia 06.03.2011. Estamos em pleno Carnaval! O país para! Algumas cidades se esvaziam, outras ficam abarrotadas com três vezes mais gente do que a população local!

Andamos pesquisando o porquê de tanto frisson, tanto rebuliço, tanto mimimi em torno dessa comemoração festiva. Até descobrimos que uma determinada cidade, de um imenso país meridional tropical, sofre com imensos problemas de violência urbana e outros desastres estruturais mas gasta astronômicas somas em moeda local para animar a festa!

Como quase todas as comemorações de nossos dias, o Carnaval tem origem em festas religiosas da idade média que por sua vez adaptaram outras festas pagãs. A balbúrdia carnavalesca padrão ocidental vem da Semana Santa. Como a Semana Santa chegava após a Quaresma, quarenta dias de sacrifício físico para aprimorar o espírito, em que inclusive o consumo de carne não era bem visto, a terça-feira anterior à quarta-feira de cinzas virou a terça gorda. Ai meus amigos e minhas amigas, apesar do nome vir do termo grego Carnis Valles, ou seja carne vale, valia era tudo mesmo! Era uma completa inversão da ordem social e dos rígidos valores morais e religiosos do Medievo.

Descobrimos em nossas pesquisas, que neste gigantesco país, em que vários ogros se infiltraram, a festa, apesar de ter seu perfil atual oriundo das afrescalhadas fronteiras Francesas, ganhou identidade nacional! Virou um símbolo da nação!!! A imagem de uma pessoa sorridente batucando um pandeiro ao lado de uma imensa busanfa com uma tanga de tamanho inversamente proporcional tornou-se uma marca nacional!

E convenhamos, nos dias de hoje, em que liberalidade reina absoluta, seria necessário uma festa pré-período de sacrifícios? O próprio período de sacrifício nem existe!

Por mais que a festa tenha perdido o seu significado original, valem os dias sem trabalho, para quem ainda tem esse luxo, e vale a festalança, a diversão, e os dias de bálsamo para a chatura do restante do ano...até que venha o próximo feriadão!



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